Este livro aborda a produção linguística dos surdos, enfocando particularidades deste povo cuja "deficiência" os faz participantes de uma cultura diversa da cultura ouvinte, na qual se acham inseridos, embora não totalmente integrados. Com propriedade, ele aponta as diferenças linguísticas entre a língua portuguesa - de base oral-auditiva - e a LIBRAS - de base espaço-visual. Com exemplos reais, a autora fala sobre as dificuldades encontradas pela família e pela escola no trato com as crianças e adolescentes surdos. De maneira profissional e agradável, este estudo mostra a relação entre a linguagem e a cognição, e trata da produção de referências por surdos em língua de sinais - de forma, por vezes, bem distinta da língua oral - e aponta resultados abtidos em teste realizados durante a dissertação.